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Bisavó

por aesperaparavoar, em 24.11.14

Há exactamente três anos perdi-te, e logo aquando de te ter perdido o céu acolheu uma nova estrela. Foste sem que eu tivesse tido oportunidade de te dizer que estarias para sempre no meu coração, mas creio que o meu "gosto muito de ti" deixou claro que independentemente de tudo estarás sempre comigo. Agora és a minha estrela-guia. Aquela que à noite brilha mais no céu e cintila como os teus olhos o faziam. Sorrias com os lábios e com o olhar, herdei isso de ti. Agora não posso ver o teu sorriso, mas sei que estou sob o teu olhar. Olha por mim. 

Há três anos que a saudade aumenta. Gostava que estivesses aqui nem que fosse só por um segundo, o tempo suficiente para eu te abraçar e dizer que te amo. E amo. 

Não te esqueci, não te esqueço. Estás viva em mim. E recordo cada pedaço de ti, em memórias doces que guardo bem junto ao coração. 

Vou fazer tudo para cumprir o que te prometi. E vou continuar a lutar. 

Obrigada por teres feito parte de mim e por ainda fazeres, agora de uma forma diferente, mas igualmente especial. Obrigada por ter tido oportunidade de te ter na minha vida. Só desejo que estejas em paz e que um dia nos possamos reencontrar. 

Visita-me nos meus sonhos*

 

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publicado às 21:37

A mil

por aesperaparavoar, em 22.11.14

Foi assim esta semana, a 1000!

Sou defensora que o tempo, bem gerido, dá para tudo, e que há certas atividades que nos fazem bem de tal forma que não as devemos excluir da nossa vida, mas, a verdade é que "isto" cansa e cansa a valer! 

Esta semana foi, provavelmente, das semanas mais agitadas de que tenho memória, e suspeito que aquela que está para vir o será também. Segunda-feira foi o único dia em que, depois de ter terminado as aulas às 18h00, consegui chegar a casa e dedicar-me à Matemática sem sentir que tinha ainda outras tantas coisas para fazer. Na Terça-feira tinha, supostamente, tarde livre, mas fui convidada para participar numa conferência relacionada com o tema "Como é ser aluno do secundário?" e por isso lá fui eu... e quando cheguei a casa, mais Matemática, e ainda dediquei também algum tempo à minha "grande amiga" Física. Na Quarta o dia foi mesmo "de loucos", para além das aulas tive ainda de tratar de imensas coisas para o lançamento do livro (que é para para a semana, dia 29) e de acabar as preparações para o Dia da Filosofia (20 de Novembro). Na Quinta-feira tive então, no âmbito do Dia Internacional da Filosofia, oportunidade de apresentar o concurso "Quem quer ser filósofo?" para as turmas de 10º/11º/12º anos e ainda de declamar dois poemas que gosto particularmente, "Pedra Filosofal" (de António Gedeão) e "Cântico Negro" (de José Régio). Diverti-me imenso, aliás, quem me conhece sabe que adoro este tipo de atividades! Ontem, Sexta-feira, acabei o dia de aulas às 18h00 e adivinhem, com teste de Matemática! Depois ainda vim a casa trocar de roupa e comer qualquer coisa rapidamente e voltei para o colégio para a aula de Zumba, sim porque no fim de uma semana destas estava a precisar de libertar energias!

Verdade seja dita, não gosto de estar parada, gosto de ter que fazer, daquele frenesim e agitação, mas de vez em quando sabe bem parar e descansar, ver um filme descansadamente, ler um livro sem pressas, e enfim, ter uns minutos de paragem.

De momento estou em modo "fim-de-semana", embora esta semana ele vá ser sempre a mexer! 

 

euoria:Boho ⌖ Indie

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publicado às 08:28

Escrever

por aesperaparavoar, em 16.11.14

Sempre foi uma paixão minha. Escrever sobre tudo e mais alguma coisa. Escrever. É um refúgio para a alma. A escrita não nos julga, não nos ralha, não se zanga se dissermos alguma coisa que não devemos. Ouve-nos e absorve o que dizemos, guarda tudo para ela e não conta a ninguém. É como se fosse um segredo.

A escrita faz parte de mim, mas, mais do que isso, eu faço parte dela. E faço dela colega. Reconheço tudo o que escrevo e descrevo, porque tudo isso sou eu, mesmo que a personagem seja outra. Enquanto escrevo vivo cada palavra e imprimo nos outros, aqueles sobre quem escrevo quando não escrevo exclusivamente sobre mim, um pouco do que já vi e ouvi, e faço meus os sentimentos deles e deles os meus. E às vezes é através da escrita que comunico comigo, sem verdades absolutas nem mentiras comprovadas, sem certezas. É um mundo paralelo, um mundo que é meu, e onde só entra quem eu deixar.

Um dia disseram-me que todos nós temos um dom. Não discordei, talvez toda a gente há minha volta tivesse realmente um, toda a gente excepto eu. Demorei muito até compreender se teria ou não algum dom, não o procurei, mas tinha curiosidade de o descobrir. Foi então que percebi que talvez eu já o tivesse encontrado e não tinha dado conta, e talvez esse dom fosse o de escrever, e usar a escrita como uma catarse.

Escrevo páginas e páginas de memórias, umas minhas, outras herdadas. E umas mais abstratas que outras. Mas todas elas são importantes e todas elas me fazem pensar. E faz-me bem sair da minha pele por alguns instantes e pôr-me na pele dos outros. Viver a vida deles como se fosse a minha e experimentá-la. Aprendo com isso. É por isso que continuo a escrever. E escrevo.

in "O Primeiro Voo"

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publicado às 07:24

Chegou...

por aesperaparavoar, em 08.11.14

Chegou-me por e-mail. A capa. Aquela que eu durante dias ansiei ver. Chegou. Sem avisar. Mas chegou. Partilho-a com vocês, com a esperança de que gostem, quer da capa quer do livro (que será lançado no próximo dia 29 de Novembro, pelas 15h30min no Colégio da Imaculada Conceição - Cernache/Coimbra).

sÓ CAPA.PNG

 

 

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publicado às 21:55

Para sempre minha

por aesperaparavoar, em 01.11.14

Todos temos alguém querido que já não está presente nas nossas vidas (fisicamente). Infelizmente perder alguém é sempre um momento triste e que nos faz repensar na vida e na nossa postura perante ela. Há três anos atrás deixei de ter perto de mim uma pessoa muito especial. Acho que não a perdi, ela continua a ser minha, minha bisavó, a minha menina de olhos cintilantes, mas de facto não posso tê-la comigo e abraçá-la sempre que me apetece. Isso custa. Há medida que o tempo passa a saudade aumenta. As memórias ficam e o amor também. Gosto tanto dela como há três anos atrás, mas talvez me tenha apercebido tarde demais que gostava mesmo muito dela. Acreditar que ela está a olhar por mim, que me ouve e que me vê fez-me conseguir ultrapassar melhor o momento em que deixei de a poder abraçar, e sei que estava a sofrer. Espero que agora esteja em paz, e que continue a sorrir. Há momentos simples que mais tarde se revelam marcantes e com a minha bisavó isso aconteceu muito. Agora são esses momentos mais simples que recordo e que me fazem sorrir. Os olhos sempre brilhantes, aquele olhar transparente, o sorriso aberto, as mãos sempre quentes, as cócegas e os pequenos gestos de carinho. Recordo tudo com muito amor, mas sobretudo com muita vontade de poder a voltar a olhá-la, a abraçá-la e a ouvir as suas gargalhadas. Tenho saudades. Mas a vida não pode ser de outro jeito. Continuo a amá-la, e também por isso lhe dediquei o meu último livro. Tenho pena que já não possa oferecer-lhe um e partilhar com ela a minha felicidade, mas tenho a certeza de que ela estará feliz por mim. E ela é uma parte boa de mim. Estou grata por tê-la tido na minha vida.

Hoje recordo também o adeus. Não consigo descrever o quanto me marcou. Aquele adeus dito da janela sem ninguém conseguir prever que seria o último. Mas foi. 

Sinto-me pequenina como se tivesse seis anos, insegura como se tivesse sete e confusa como se tivesse oito ou nove. Chorar alivia, mas não te trás de volta, por isso já limpei as lágrimas. Afinal, continuas viva em mim. Mas fazes-me falta, tanta falta.

E as lembranças confundem-se com saudades.

 

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publicado às 19:48


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