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Um dia todos nós somos obrigados a sair do casulo e a arriscar um primeiro voo.
És assim, somos assim, ainda que com algumas diferenças. Queremos, sonhamos, esperamos, e o tempo passa. Foram tantas as fantasias, os desenhos que não passaram de meros esboços a carvão, que ficaram à espera que alguém lhes pegasse, lhes desse cor, e uma oportunidade também.
Arrependo-me, sabes? Arrependo-me de não ter tido a audácia de mudar o rumo deste jogo (bem vistas as coisas, o que é a vida senão um jogo?), de não ter sido mais impaciente ao ponto de me cansar de esperar e lutar por ver pintados os retratos que durante anos delineei. E talvez tudo tivesse sido diferente. Talvez houvesse agora a vida que nunca conheci em mim.Talvez, não garanto.
(Este excerto foi retirado de uma breve história que escrevi ("Memórias de um dia (in)esperado").