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Um dia todos nós somos obrigados a sair do casulo e a arriscar um primeiro voo.
Já estou bem, já me lembro de quase tudo. Preciso de um abraço. Só isso, de um abraço. E de tranquilidade.
Já sei quem sou. Reconheci-me. Na minha cabeça compôs-se um tapete de recordações e veio-me à memória a avó Estela, a carta com que me despedi quando vim para França e o caminho que percorri para cá chegar. “Sou louca”, pensei. Duvido do caminho que escolhi, mas não me vale de nada. Quero levantar-me, mas o meu corpo rejeita. Examino tudo à minha volta na tentativa de encontrar alguma coisa que me tenha escapado e que me ajude a sair deste sítio tão pouco acolhedor, e só paro quando me apercebo da presença de uma campainha ao meu lado, para chamar a enfermeira. Pressiono o botão com toda a força que tenho, não é muita. Pressiono uma vez, duas, três, até que me canso e decido chamá-la.
– Por favor, enfermeira! – A voz sai-me falhada e sinto inutilidade nas minhas palavras.
Espero, que mais posso eu fazer?
Fico novamente sozinha neste espaço fechado, apenas na companhia dos enfermeiros. Pergunto-lhes o que estão aqui a fazer mas fazem de conta que não me ouvem. Grito-lhes, mas mantêm-se serenos como se nada fosse. Os dois estabelecem um olhar cúmplice e agarram-me com força.
– Larguem-me! Estão a ouvir? Parem seus brutamontes! Deixem-me, o que é que estão a fazer?
Não me respondem. Apoderam-se de mim sem pedir qualquer autorização. Tentam imobilizar-me, mas eu debato-me contra eles e contesto o que me estão a fazer. Apesar de tudo, não consigo evitar. Eles introduzem a seringa no meu corpo. A partir daí paralisei. Aquela seringa veio acalmar-me as memórias. O líquido no seu interior penetrou no meu braço e trouxe-me a sensação de dormência, desarmei, a minha incapacidade ficou ainda mais exposta. Permito-me pousar a cabeça na almofada sem me manifestar mais. Fico calada, imóvel, na esperança que os sedativos me levem para longe desta dor gritante que se ocupou de mim. Possivelmente é assim que estas coisas funcionam, quando não conseguem acalmar-nos, tentam estagnar o nosso sofrimento.
Fui muito querida no sítio onde nasci que, em rigor, é o mesmo onde cresci. Tenho um sorriso fácil, sempre tive. Se olhar para trás, sorrio. Passou tudo tão rápido. As lembranças chegam, um pouco fragmentadas, mas chegam. E são esses fragmentos impetuosos do meu passado que me despertam mais emoções. Não sabia o que era estar apaixonada. Acho que nunca me tinha apaixonado a sério. Não me sinto estúpida ao dizê-lo. O Fréderic foi a primeira pessoa que despertou em mim um sentimento verdadeiramente diferente, ímpar. Talvez a forma inesperada como nos conhecemos tenha contribuído, ainda que provavelmente tenha sido a maneira dócil como me tratou depois disso o contributo principal para me ter apaixonado por ele. Sempre tão carinhoso, tão prestável. Acho que era disso que eu estava a precisar, de carinho. Não me apaixonei, fui-me apaixonando, de dia para dia, mas não queria assumir. Pareceu tudo tão leviano, mas o facto é que as coisas foram acontecendo. Conversei muito com ele sobre mim, ele confessou-me várias coisas sobre ele, mas sempre com algumas reservas. Acho que era esse mistério que me cativava verdadeiramente nele. E o mais fascinante é que no meio de tudo, eu achava que ele me amava, mais ainda, eu sentia-me amada por ele.
No passado dia 10 de Outubro tive oportunidade de apresentar o meu livro O Primeiro Voo no Munda Lusófona 2015 "Especial Freguesias" em Reveles, onde fui muito bem recebida. A apresentar os seus livros estiveram também as escritoras Tânia Gomes e Olinda Beja, que foi um prazer conhecer!
Em suma foi uma tarde de partilhas (literárias e não só) que se revelou muito especial pela forma como fomos acolhidas, mas, também pelo facto de, pertencendo a faixas etárias muito distintas e a estilos de escrita tão diferentes, conseguirmos levar ao público um denominador comum: o gosto pela escrita, pelas palavras, pelos livros.
Aproveito para agradecer à minha amiga Lu(rdes) Breda pelo convite e, como não podia deixar de fazer, dar-lhe os meus parabéns pelo seu empenho e dedicação!
Aqui as pessoas têm pressa, uma pressa compulsiva como se cada minuto fosse uma vida, e se calhar é. Têm pressa de chegar, não sei onde, mas têm pressa de chegar, talvez aos empregos, às escolas para deixarem os filhos, pressa de encontrar quem espera por elas, pressa de viver. Pergunto-me até que ponto essa pressa as impede de viver realmente ou as faz viver rápido demais o que efetivamente valerá a pena ser vivido.
Suspiro. Olho à minha volta, um gesto que repito imensas vezes. Perco-me muito em observações. Não está calor nem frio. A chuva não parece querer cair e o sol que de manhã se insinuou à minha janela, agora teima em se esconder. O ar não está tão leve como em tempos já o senti. Sinto um peso sobre os ombros, motivado pela preocupação de não arranjar um emprego. Para já procuro começar por um trabalho mais simples, que não exija uma experiência que não tenho. Ao mesmo tempo que penso no risco de cá estar, relembro-me como esta sensação de independência me apazigua.
Nota: O romance O PRIMEIRO VOO encontra-se disponível para venda em várias livrarias do país, bem como online, nomeadamente nas livrarias FNAC, Bertrand e WOOK. Caso o livro não esteja disponível de momento é possível encomendar.
Podem também adquirir exemplares comigo, e nesse caso o livro seguirá por correio, já autografado.
Não tenho dúvidas que toda esta caminhada, ainda que se possa revelar muito cheia de imprevistos, me fará bem. Necessito de um tempo para mim, às vezes faz-nos bem um tempo a sós, connosco. Preciso de deitar fora tudo o que não presta ou está a mais, e até mesmo o que já há muito quero ver longe de mim mas que, impreterivelmente continua vivo: memórias, sentimentos, lágrimas. Desapegar-me e desprender-me, deixar sair do meu íntimo tudo aquilo que já não me faz falta e permitir que fiquem comigo os sorrisos, as lembranças, os desejos e as pessoas que fazem parte de quem sou. É isso que espero desta viagem. Soltar-me de mim, das desilusões e momentos menos felizes do passado, incluindo também as paixonetas mal sucedidas que até agora só me deram razões para duvidar do amor e pensar que não nasci para amar nem para ser amada.
Sou feita de fantasias. Crio ilusões facilmente, de tal forma que algumas acabam por se tornar deceções mais tarde, outras protegem-me da realidade menos alegre. Sempre fui uma pessoa de vontades e de sonhos, muitos sonhos, sonhos de várias cores e feitios, uns bastante coloridos e outros exclusivamente delineados por cores neutras. Outros ainda são somente esboços, mas todos eles me fazem ter vontade de “voar”.
Num breve instante faço o balanço destes dois dias, relembro-me que, de certa forma, foram eles que mudaram o rumo da minha vida.
Suprimo-me das reflexões e desfaço-me de todos os pensamentos, baldeados uns nos outros. Descontraio. Agora estou aqui por inteiro, neste quarto que não me pertence, o mais barato que arranjei na zona.
Nota: O romance O PRIMEIRO VOO encontra-se disponível para venda em várias livrarias do país, bem como online, nomeadamente nas livrarias FNAC, Bertrand e WOOK. Caso o livro não esteja disponível de momento é possível encomendar.
Podem também adquirir exemplares comigo, e nesse caso o livro seguirá por correio, já autografado.
Hoje na nossa rubrica falo-vos de algo diferente do que é habitual. Pois é, hoje não é a escrita a anfitriã, mas sim a pintura. Desde miúda que gosto de pintar, quer em papel, com lápis de cor, quer em barro, com tinta. Na verdade sempre gostei imenso de trabalhos manuais, embora não tenha um talento por aí além para eles. Faço-os quando tenho tempo e em forma de hobby.
Em Junho, aquando do meu aniversário, a Sara (que me conhece como pouca gente) decidiu oferecer-me um livro com imagens para colorir e um conjunto de lápis de cor. Tivesse eu um 7, ou 8, ou 9 anos acho que nunca mais me viam até ter o livro todo pintado e a caixa de lápis reduzida a metade. Tenho 17 e confesso que achei um pouco estranho este presente agora, visto que a fase de miúda já lá vai. Contudo, depois de perceber tudo o que estava por detrás deste "simples" livro mudei totalmente de opinião.
O livro de que vos falo, "Mandalas de Mindfulness", é um livro com intuito anti-stress. Tal como é referido na contracapa pode ser usado como exercício de relaxamento, meditação ou puro passatempo. Enquanto estamos a pintar, consequência também da complexidade dos desenhos, é impossível pensar em problemas ou quaisquer outras coisas que nos incomodem, pois acabamos por estar completamente focados em colorir as ilustrações. E ao contrário do que se pensa, e do que eu própria pensei, não é (só) uma coisa para crianças, é adequado a todas as faixas etárias.
Atualmente este tipo de livros já tem alguma popularidade, de maneira que é fácil encontrá-los numa livraria ou até mesmo hipermercado.
Deixo-vos o livro que recebi e duas das ilustrações pintadas por mim. Experimentem!
Sinto o tempo escapar-se entre as mãos,
Corro atrás dele, com relutância.
Sempre fui assim, sempre quis aproveitar tudo,
Acabei por não aproveitar algumas coisas na esperança de não deixar outras por usufruir.
Mas sempre corri. Sem medo. Atrás do tempo e de outras coisas mais.
É de mim, sou assim.
Descubro-me e nem sempre me agrado.
Sou uma pessoa complicada.
Mas o tempo não para, não espera que eu me resolva.
E à medida que eu me desvendo, ele continua a correr e às vezes toma vantagem.
Receio ter deixado coisas por dizer.
Se as devia ter dito? Talvez tenha acabado por ser melhor assim.
Há outras que eu sei que devia ter dito, mas não disse, por razões que até eu desconheço.
A propósito, às vezes faço as coisas e fico sem perceber porquê.
Chamam-lhe impulsos. Sou impulsiva.
Há alturas em que isso deita tudo a perder e depois obriga-me a parar para pensar.
Olho para o tempo que já passou e sinto-me cansada.
Mas não estou cansada de viver. Gosto disso.
Estou só a precisar de um momento de repouso.
Até as borboletas mais jovens precisam de um pouco de descanso.
E tem dias que o céu parece já nem fazer sentido.
O cansaço domina-nos de tal forma que só vemos um caminho,
O caminho mais fácil.
Por isso é que algumas borboletas morrem ao primeiro voo. Deixam-se cair.
E nesses momentos não há volta, acabou.
O que há depois de acabar? Isso eu não sei.
Mas se me perguntarem se o primeiro voo é difícil(?) É.
"O Primeiro Voo" já está disponível para voar para vossas casas, ou quem sabe para oferecer como prenda de Natal.
Foi com grande alegria que no dia 29 de Novembro pude apresentar pela primeira vez publicamente este meu romance. Deixo agora algumas fotos e o link para poderem aceder online ao livro através do Wook (aqui), Bertrand (aqui) ou Fnac (aqui).
Fico à espera das vossas críticas/opiniões sobre o livro! Boas leituras :)
Chegou-me por e-mail. A capa. Aquela que eu durante dias ansiei ver. Chegou. Sem avisar. Mas chegou. Partilho-a com vocês, com a esperança de que gostem, quer da capa quer do livro (que será lançado no próximo dia 29 de Novembro, pelas 15h30min no Colégio da Imaculada Conceição - Cernache/Coimbra).
Ainda não está lançado, mas, para lá caminha! Ainda não tinha falado aqui dele antes porque tinha algum receio de que nunca o fossem poder conhecer, mas agora parece que já não falta assim tanto para que isso aconteça.
Na altura em que editei o meu primeiro livro fiquei completamente rendida a este mundo em que escrevemos e partilhamos com os outros um pouco de nós através das palavras, algumas delas assumidamente nossas, outras concedidas por nós a personagens que criámos. Contudo, e apesar de ser uma pessoa que detesta desistir e luta pelos seus objectivos, sempre achei que não voltaria a editar novamente, talvez por falta de ideias, ou por receio de arriscar. Por isso, durante cerca de um ano não escrevi nada com o intuito de editar, fui escrevendo, mas nada de concreto. As pessoas perguntaram-me muitas vezes se estava a escrever mais algum livro, falaram-me em escrever uma continuação do Diário de Filipa, disseram-me que estavam curiosas para ler mais coisas escritas por mim, fui particularmente feliz nos tempos que se seguiram à edição do livro, sobretudo porque me abriu portas a experiências muito gratificantes. E as pessoas à minha volta incentivaram-me imenso, tanto que um dia decidi tentar de novo, senti essa vontade e fi-lo. Para além da vontade que tinha em voltar a partilhar textos meus com as pessoas, senti que lhes devia isso. Não disse nada a ninguém, mas aos poucos fui moldando uma história que não era a minha, mas que eu vivi tão intensamente como se fosse. No início a Margarida, a personagem principal da história, era muito vaga, sabia muito pouco sobre ela, só depois, quando realmente comecei a simpatizar com ela e comecei a sentir maior vontade de a aprofundar é que acabei por explorá-la de verdade. Foi um processo muito engraçado. A Margarida vive coisas que eu jamais teria idade para experimentar, mas isso tornou todo o processo ainda mais desafiante. Agora que o terminei, mal posso esperar para ver a reação de quem o ler e receber críticas, sobretudo construtivas, para que eu possa continuar a evoluir.
Para já é isto, o resto... conto-vos depois!
Está escolhida! Esta será a foto para a contracapa do novo livro "O Primeiro Voo". Confesso que todo o processo de edição do livro me fascina, é interessante a forma como tudo se processa, e a forma como a ansiedade cresce de dia para dia... Aos poucos aproxima-se o dia do lançamento. Já está quase tudo pronto. Falta o quase. Ainda não vi a capa. Estou muito curiosa para ver como ficou, sobretudo porque fui eu que a idealizei na totalidade. Agora já sei um pouco melhor como tudo funciona, mas continuo a vibrar como se fosse a primeira vez, e é quase como se fosse. Já passaram três anos. É o meu primeiro romance. Estou nervosa. E ansiosa. Quero muito saber as vossas opiniões e ter acesso às vossas críticas, são elas que me fazem evoluir. Espero que o possam ler, e sobretudo espero que gostem tanto de o ler como eu gostei de o escrever!
A sensação de poder voltar a publicar é, acima de tudo, de felicidade. Sinto-me feliz por poder voltar a partilhar convosco aquilo que escrevo, desta vez através da história da Margarida.
À partida, e não havendo motivos de força maior, o lançamento do livro será dia 29 de Novembro (de 2014) pelas 15h30min, no Colégio da Imaculada Conceição, em Cernache-Coimbra. Depois dar-vos-ei conta de mais detalhes, mas para já, reservem o dia para vir conhecer "O Primeiro Voo".
Ainda não está lançado, mas, para lá caminha! Ainda não tinha falado aqui dele antes porque tinha algum receio de que nunca o fossem poder conhecer, mas agora parece que já não falta assim tanto para que isso aconteça.
Na altura em que editei o meu primeiro livro fiquei completamente rendida a este mundo em que escrevemos e partilhamos com os outros um pouco de nós através das palavras, algumas delas assumidamente nossas, outras concedidas por nós a personagens que criámos. Contudo, e apesar de ser uma pessoa que detesta desistir e luta pelos seus objectivos, sempre achei que não voltaria a editar novamente, talvez por falta de ideias, ou por receio de arriscar. Por isso, durante cerca de um ano não escrevi nada com o intuito de editar, fui escrevendo, mas nada de concreto. As pessoas perguntaram-me muitas vezes se estava a escrever mais algum livro, falaram-me em escrever uma continuação do Diário de Filipa, disseram-me que estavam curiosas para ler mais coisas escritas por mim, fui particularmente feliz nos tempos que se seguiram à edição do livro, sobretudo porque me abriu portas a experiências muito gratificantes. E as pessoas à minha volta incentivaram-me imenso, tanto que um dia decidi tentar de novo, senti essa vontade e fi-lo. Para além da vontade que tinha em voltar a partilhar textos meus com as pessoas, senti que lhes devia isso. Não disse nada a ninguém, mas aos poucos fui moldando uma história que não era a minha, mas que eu vivi tão intensamente como se fosse. No início a Margarida, a personagem principal da história, era muito vaga, sabia muito pouco sobre ela, só depois, quando realmente comecei a simpatizar com ela e comecei a sentir maior vontade de a aprofundar é que acabei por explorá-la de verdade. Foi um processo muito engraçado. A Margarida vive coisas que eu jamais teria idade para experimentar, mas isso tornou todo o processo ainda mais desafiante. Agora que o terminei, mal posso esperar para ver a reação de quem o ler e receber críticas, sobretudo construtivas, para que eu possa continuar a evoluir.
Para já é isto, o resto... conto-vos depois!
A 8 de Outubro de 2011 decorreu, no Colégio da Imaculada Conceição, em Cernache (perto de Coimbra) o lançamento do meu primeiro livro, intitulado "Diário de Filipa: Peças de Um Puzzle".
Baseado (maioritariamente) em ficção, este livro é um dos maiores desafios a que alguma vez já me propus.
Filipa (a personagem principal do livro) tem 12 anos e está precisamente numa das fases mais dramáticas e confusas da sua existência: a pré-adolescência. Assim, “Diário de Filipa” é o diário confidencial de uma adolescente de 12 anos, a Filipa, que se prepara para viver uma das fazes mais incertas e revolucionárias da sua curta vida: a pré-adolescência.
Neste rol de acontecimentos, e por entre amores e desamores, alegrias e tristezas, (des) ilusões e intrigas, ela irá aprender muitas coisas, principalmente que… ser quase adolescente nem sempre é fácil!
“Já alguma vez ouviram dizer que os opostos se atraem? E já alguma vez vos aconteceu “apaixonarem-se” pela pessoa com quem mais discutiram ao longo da vossa vida, ou por aquele que se mostrou ser o vosso maior adversário? Pois, se não vos aconteceu, preparem-se, porque pode acontecer a qualquer momento, e eu que o diga! Ah, e ainda… o que fazer quando temos uma colega super despistada que um dia nos pergunta se sabemos onde se vendem pacotinhos de paciência e uma melhor amiga com quem estamos sempre a discutir?!Enfim, neste diário vão poder encontrar de tudo. Acontece que, ser adolescente, nem sempre é das coisas mais fáceis…”
Afinal, quem sou eu?
Chamo-me Ana Filipa e, embora sempre tenha preferido que me chamassem Ana, maior parte das pessoas insiste em chamar-me Filipa.
Nasci em Coimbra num dos primeiros dias de Verão, traquinas, pequena e anafada, longe de imaginar o turbilhão de experiências que ainda estavam para vir.
Desde que me conheço por gente que gosto de comunicar com os outros, seja oralmente ou através da escrita. A leitura foi das minhas primeiras paixões, adoro ler e sempre li muito.
Ainda que só tenha descoberto que gostava realmente de escrever por volta dos 11 anos de idade, altura em que comecei a partilhar alguns textos em prosa e poesia no blogue "Poesia a Brincar" (http://poesiaabrincar-ana.blogspot.com), agora inativo, sei que apesar de não ser de sempre, a minha paixão pela escrita é para sempre. Considero que a escrita é um refúgio para a alma e até uma espécie de catarse. A escrita não nos julga, não nos ralha, nem se zanga se dissermos alguma coisa que não devemos. Ouve-nos e absorve o que dizemos, guarda tudo para ela e não conta a ninguém.
Faz-me bem sair da minha pele por momentos e pôr-me na pele de outros. Viver e sentir a vida e as emoções deles como se fosse a minha. Aprende-se muito com isso. É um dos motivos pelos quais escrevo e que hei-de continuar a escrever.
Em 2011, e com apenas 13 anos, decidi editar o meu primeiro livro "Diário de Filipa: Peças de Um Puzzle", uma das grandes reviravoltas da minha vida, porque a partir daí tive oportunidades que eu nunca poderia ter tido doutra forma, entre as quais a oportunidade de contactar com pessoas excecionais (incluindo alguns escritores portugueses que muito admiro), visitar escolas, bibliotecas, livrarias, feiras do livro e canais de televisão, onde fui muito bem recebida, e também de participar em algumas apresentações e concursos.
(Eu, a 14 de Julho de 2011, no programa da SIC "Querida Júlia")
Aos 16 anos decidi criar este blogue para poder partilhar convosco um pouco de mim e daquilo que penso e que escrevo, nomeamente, os meus livros, e, muito em especial, o meu segundo livro e primeiro romance intitulado "O Primeiro Voo".
Atualmente com 21 anos (e prestes a terminar o Curso de Licenciatura em Enfermagem), considero-me alguém que luta todos os dias por ver concretizados os seus sonhos, e são tantos!