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Um dia todos nós somos obrigados a sair do casulo e a arriscar um primeiro voo.
Hoje falo-vos um pouco de mim. Há um mês atrás fiz 16 anos, todos diferentes, passados com um sorriso, pequeninos quando comparados com aqueles que ainda espero viver. Gosto muito deste dia, 26. O 2 é o meu número favorito e o 6 o número da sorte, embora nem sempre ela esteja do meu lado.
Cresci por entre brincadeiras inventadas e o ar puro da quinta da minha avó. E fui muito feliz. Não fosse hoje dia dos avós, aproveito para partilhar que os meus sempre foram pessoas muito especiais e presentes na minha vida.
Com o tempo aprendi o valor dos afectos, e percebi que nem todas as pessoas nos fazem bem, algumas só se cruzam connosco para testar a nossa capacidade de ultrapassar os obstáculos, e de o fazer com um sorriso no rosto. Ainda hoje me acontece ter algumas desilusões por acreditar que as pessoas são algo que mais tarde demonstram não ser. Talvez a culpa seja minha que deposito expectativas nelas, ou então não, não sei. Mas eu vou crescendo, um dia após o outro, sempre com vontade de concretizar sonhos (uns de menina, outros de agora), nem sempre estou como quero, também tenho dias difíceis, inseguranças e fraquezas, mas nada melhor para os ultrapassar do que força de vontade, persistência e acreditar que é possível, porque é.
Sou feita de sonhos, muitos sonhos, e acho que eles são um incentivo enorme para depois corrermos atrás deles e tentarmos torná-los realidade. Na minha vida já cumpri alguns sonhos, entretanto outros ficaram pelo caminho. Não desisti deles, apenas percebi que não eram realmente sonhos, eram apenas vontades momentâneas. Imaginem que quando era pequena eu tinha o sonho de ter um jardim zoológico! Hoje tenho três cadelas e só eu sei o trabalho que elas dão, quanto mais uma catrefada de animais de todas as cores, tamanhos e feitios... Foram este tipo de sonhos que abandonei, por perceber que não eram realmente viáveis e porque alguns deles eram apenas caprichos que não iriam contribuir em nada para a minha felicidade. Hoje eu sei que sonho com o que eu acho que me fará feliz e sonho para concretizar. Espero nunca perder esta capacidade de sonhar e ter força para concretizar os meus sonhos, porque nada é mais gratificante do que a sensação de "missão cumprida", e saber que ultrapassados os obstáculos, valeu a pena nunca desistir de lutar. É esse o espírito que tenho em mim e que um dia gostaria de incutir aos meus filhos: nunca desistir do que nos faz felizes, por mais longínquo, impossível ou difícil que isso nos possa parecer.
Pergunto-me várias vezes porque insisto em certas coisas mesmo sabendo que elas não me vão levar a lado nenhum. Uns dias acho que é a isso que se chama "lutar", outros interrogo-me se não estarei a confundir o conceito de luta com outros menos felizes. Acho, e mais do que isso, sinto que o tempo e a vida me tornaram um pouco mais amarga, não me roubaram a esperança nem o sorriso, mas já me mostraram muitas coisas que eu preferia não ter visto nem ouvido. Talvez por isso me tenha tornado mais insegura. Cada vez mais vou descobrindo tudo o que não quero para mim, e embora eu possa ter algumas dúvidas quanto ao que quero, sei bem o que não quero. Neste momento sinto que me falta aprender a viver sem deixar que a vida me deite abaixo, e continuar a lutar sempre, por mim e por aquilo que quero e em que acredito. E assim será...
Às vezes sinto-me pequenina no meio de um mundo tão grande, e acho até que de tão pequenina chego a ser insignificante. Esses são os dias em que também me sinto mais desmotivada e triste. E quando eu me sinto assim não há muito a fazer senão procurar algo que me volte a fazer sentir que vale a pena. Algo que me faça lutar, que me traga motivação, algo que eu sei que me fará muito feliz. Quando penso nesse algo, que muitas vezes chega até a ser vago, eu esqueço-me da tristeza e ponho-me a sonhar com o momento em que vou concretizar esse sonho.
É assim que tento abafar os momentos de tristeza, compensando-os com a perspectiva de outros que eu acredito que poderão ser bem melhores, mas tentando sempre conter as expectivas, não tivesse eu já aprendido que quando depositamos demasiadas expectativas em alguma coisa podemos acabar por nos magoar através de desilusões.
Às vezes bastam 10 segundos de coragem para abrir as asas e voar, e esses 10 segundos podem fazer toda a diferença na vida de uma pessoa.
Pois é, depois de algum tempo afastada deste pequeno/grande universo que é a blogosfera, estou de volta! Este blogue é, nada mais nada menos, do que um blogue de partilha... de desabafos, de pensamentos, de opiniões, e de coisas, coisas da vida!
Aqui vão também poder acompanhar um pouco daquilo que escrevo e dos meus projetos futuros (espero eu).
Espero que gostem do blogue, e que me visitem muitas vezes por aqui, pois acima de tudo este é um pequeno espaço ao qual tenho muito carinho.
Quanto ao endereço e ao nome do blogue, um dia explico-vos!
Para o caso de terem alguma questão, dúvida ou sugestão, não hesitem em contactar-me através de e-mail para afferreirabatista@gmail.com ou através de qualquer uma das redes sociais supramencionadas (no topo do blog).
Fico à espera dos vossos comentários!
A 8 de Outubro de 2011 decorreu, no Colégio da Imaculada Conceição, em Cernache (perto de Coimbra) o lançamento do meu primeiro livro, intitulado "Diário de Filipa: Peças de Um Puzzle".
Baseado (maioritariamente) em ficção, este livro é um dos maiores desafios a que alguma vez já me propus.
Filipa (a personagem principal do livro) tem 12 anos e está precisamente numa das fases mais dramáticas e confusas da sua existência: a pré-adolescência. Assim, “Diário de Filipa” é o diário confidencial de uma adolescente de 12 anos, a Filipa, que se prepara para viver uma das fazes mais incertas e revolucionárias da sua curta vida: a pré-adolescência.
Neste rol de acontecimentos, e por entre amores e desamores, alegrias e tristezas, (des) ilusões e intrigas, ela irá aprender muitas coisas, principalmente que… ser quase adolescente nem sempre é fácil!
“Já alguma vez ouviram dizer que os opostos se atraem? E já alguma vez vos aconteceu “apaixonarem-se” pela pessoa com quem mais discutiram ao longo da vossa vida, ou por aquele que se mostrou ser o vosso maior adversário? Pois, se não vos aconteceu, preparem-se, porque pode acontecer a qualquer momento, e eu que o diga! Ah, e ainda… o que fazer quando temos uma colega super despistada que um dia nos pergunta se sabemos onde se vendem pacotinhos de paciência e uma melhor amiga com quem estamos sempre a discutir?!Enfim, neste diário vão poder encontrar de tudo. Acontece que, ser adolescente, nem sempre é das coisas mais fáceis…”
Afinal, quem sou eu?
Chamo-me Ana Filipa e, embora sempre tenha preferido que me chamassem Ana, maior parte das pessoas insiste em chamar-me Filipa.
Nasci em Coimbra num dos primeiros dias de Verão, traquinas, pequena e anafada, longe de imaginar o turbilhão de experiências que ainda estavam para vir.
Desde que me conheço por gente que gosto de comunicar com os outros, seja oralmente ou através da escrita. A leitura foi das minhas primeiras paixões, adoro ler e sempre li muito.
Ainda que só tenha descoberto que gostava realmente de escrever por volta dos 11 anos de idade, altura em que comecei a partilhar alguns textos em prosa e poesia no blogue "Poesia a Brincar" (http://poesiaabrincar-ana.blogspot.com), agora inativo, sei que apesar de não ser de sempre, a minha paixão pela escrita é para sempre. Considero que a escrita é um refúgio para a alma e até uma espécie de catarse. A escrita não nos julga, não nos ralha, nem se zanga se dissermos alguma coisa que não devemos. Ouve-nos e absorve o que dizemos, guarda tudo para ela e não conta a ninguém.
Faz-me bem sair da minha pele por momentos e pôr-me na pele de outros. Viver e sentir a vida e as emoções deles como se fosse a minha. Aprende-se muito com isso. É um dos motivos pelos quais escrevo e que hei-de continuar a escrever.
Em 2011, e com apenas 13 anos, decidi editar o meu primeiro livro "Diário de Filipa: Peças de Um Puzzle", uma das grandes reviravoltas da minha vida, porque a partir daí tive oportunidades que eu nunca poderia ter tido doutra forma, entre as quais a oportunidade de contactar com pessoas excecionais (incluindo alguns escritores portugueses que muito admiro), visitar escolas, bibliotecas, livrarias, feiras do livro e canais de televisão, onde fui muito bem recebida, e também de participar em algumas apresentações e concursos.
(Eu, a 14 de Julho de 2011, no programa da SIC "Querida Júlia")
Aos 16 anos decidi criar este blogue para poder partilhar convosco um pouco de mim e daquilo que penso e que escrevo, nomeamente, os meus livros, e, muito em especial, o meu segundo livro e primeiro romance intitulado "O Primeiro Voo".
Atualmente com 21 anos (e prestes a terminar o Curso de Licenciatura em Enfermagem), considero-me alguém que luta todos os dias por ver concretizados os seus sonhos, e são tantos!