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Uma manhã em televisão

por aesperaparavoar, em 30.03.15
  • Eram 04h45min quando o despertador tocou. Há quase uma hora que já estava acordada. Estava "oficialmente" na hora de acordar, de me arranjar e de seguir rumo a Lisboa.
  • Às 6h00 em ponto saímos de casa, ainda de noite. (Numa qualquer outra viagem normal (de longa duração) teria dormido, ou pelo menos "passado pelas brasas", mas hoje nem sequer tentei. Sabia que não ia conseguir).
  • Já passava um pouco das 7h00 quando o dia quis nascer, ainda envergonhado, e às 7h30 parámos na estação de serviço de Aveiras para beber um café. Já lá tinha estado antes, na viagem de regresso a casa, depois da visita a Londres. 
  • Arrancámos mais uma vez, rumo à RTP. Apesar do habitual trânsito Lisboeta, o resto da viagem foi relativamente rápida.
  • 8h15 - Chegada à RTP. 
  • Às 8h35, sensivelmente, já estava a ser maquilhada e penteada (a cara de má/séria foi lapso!).

IMG_20150402_182431.jpg

(Abro agora um parênteses para agradecer a simpatia com que toda a produção me tratou, incluindo a Cristiana Neves, a Mafalda Macedo, a Ângela, a Filipa, as meninas da maquilhagem e dos cabelos, toda a restante equipa e apresentadores, claro, Tânia Ribas de Oliveira e José Pedro Vasconcelos).

  • Às 10h00 descemos para o estúdio e iniciou-se o programa. Podem (re)vê-lo aqui.
  • Depois da minha passagem pelo programa tive ainda uma oportunidade única e muito especial... Pude visitar a régie onde tudo é controlado e programado... desde o áudio, o teleponto, as câmaras, enfim... E ainda tive direito a algumas explicações. Adorei!
  • Por fim, a esta experiência culminou com algumas fotos, tiradas no intervalo, "a correr".

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  • No final, foi hora de regressar a casa. Balanço positivo de mais uma experiência muito gratificante.

 

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publicado às 15:47

Fragmentos

por aesperaparavoar, em 29.03.15

Cheguei a casa alguns minutos depois do que é habitual, contudo, a rotina repete-se. Tem sido a mesma desde o dia em que descobri que uma parte de mim estava a autodestruir-se e eu pouco podia fazer para o impedir.

Cancro. O médico disse que eu tinha cancro.

Senti o mundo a cair-me aos pés e gelei. Aquela palavra ecoou no meu íntimo e trouxe-me a sensação de um murro no estômago. 

Contorci-me na cadeira e olhei-o nos olhos. Tive vontade de chorar, mas não o fiz.

Num impulso senti-me tentada a perguntar se aquilo significava que eu ia morrer em breve, mas a resposta chegou-me ainda antes de eu ter sequer aberto a boca.

"Foi detectado a tempo. Vamos fazer de tudo para evitar que ele aumente."

Senti revolta dentro de mim, e tantas outras coisas que não consigo descrever. Uma lágrima soltou-se e percorreu-me o rosto. Não a travei. 

O médico veio até mim e embalou-me como se embala um bebé.Tomou-me nos braços dele e aconchegou-me carinhosamente. 

As lágrimas foram secando à medida que a minha respiração se foi acalmando. 

Eram muito poucas as certezas que tinha naquela altura, mas soube que não podia deixar que esta doença me roubasse a vida.

 

 

P.S.: Este é um "fragmento" de uma história que comecei a escrever. Não é verídico nem pessoal. 

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publicado às 12:00

E Agora?

por aesperaparavoar, em 28.03.15

Inspiração para o próximo post...

O que será que aí vem?

 

 

 

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publicado às 11:57

Agora Nós - RTP 1

por aesperaparavoar, em 27.03.15

Na próxima segunda-feira, dia 30 de Março, terei oportunidade de participar no programa das manhãs da RTP "Agora nós", com apresentação de Tânia Ribas de Oliveira e José Pedro Vasconcelos. Nesta ida ao programa falarei um pouco dos meus dois livros já publicados, "Diário de Filipa: Peças de um Puzzle" e "O Primeiro Voo", do blogue, e ainda do meu percurso na escrita.

Está quase!

 

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publicado às 10:29

Não vou contar-vos toda a minha história no que toca a este tema, já que se quiserem conhecer podem fazê-lo aqui, apesar disso, devo confessar que sempre fui uma criança muito sedentária e pouco ligada ao exercício físico, as desculpas para não praticar desporto eram recorrentes. Em Dezembro de 2011, com apenas 1,55cm cheguei a pesar cerca de 68 kg. Desde sempre fui considerada uma criança acima do peso e cheguei até a ser vista como obesa. A partir do dia 1 de Janeiro de 2012 tomei a decisão de mudar, por mim! Perdi (de forma totalmente saudável) cerca de 16kg, ganhei algum gosto por exercício físico e aprendi a ter uma alimentação saudável, sim porque, o mais importante acima de tudo é mudar de hábitos e fazer uma reeducação alimentar.

Sou uma rapariga cuja genética não abona muito a favor do "ser magra", por isso, conseguir cumprir o meu objetivo foi difícil, mas, muito gratificante. Durante cerca de três anos mantive o meu peso nos 52 kg, um peso saudável e adquado à minha estrutura, sempre com uma alimentação saudável e fazendo algum tipo de exercício físico (muitas caminhadas, inclusive). Infelizmente, recuperei algum peso depois de passar por uma fase mais conturbada na minha vida, de muita instabilidade emocional e stress (um grande inimigo!). Hoje em dia estou a lutar novamente contra os quilos a mais - não tantos como da primeira vez -, e faço-o por mim, para mim, para me sentir melhor comigo própria. 

Ontem, quando li o texto que partilhei convosco identifiquei-me muito com ele. De facto, acho que hoje em dia a nossa sociedade contribui imenso para que as mulheres (porque grande parte dos casos são femininos) se sintam inferiores apenas porque não têm "o peso", aquele que supostamente deveriam ter. Ter excesso de peso é péssimo se isso inclui questões de saúde e mal estar físico e psicológico, mas, caso nenhuma dessas coisas se verifique, não tem nem deve ser motivo de críticas. Para mim, faz sentido uma pessoa mudar e lutar por isso se realmente essa fôr a sua vontade e não se sentir bem/feliz com o corpo que tem, e não somente porque a sociedade lhe "impõe" isso. 

Nunca fui alvo de críticas abusivas contra o meu peso, mas há muita gente que sofre com isso. Sou muito crítica comigo própria e é por isso que sinto necessidade de me sentir confortável, e nem é bem com o meu peso, é mais com o meu corpo, porque o peso é apenas um indicativo. A verdade é que ultimamente não gosto do que vejo no espelho, e realmente a têndencia às vezes é duvidarmos de nós, dos comentários positivos que nos fazem, acharmos que não somos bonitas porque temos peso a mais. Faço um esforço por combater isso e usar todos os meus complexos como motivação para lutar por aquilo que quero ver no espelho, sem frustrações, sem obcessões, a um ritmo descontraído, mas sempre sem perder o foco. E, acima de tudo, não deixo a minha felicidade depender daquilo que a balança me mostra, porque sei que sou mais para além disso, e ainda bem!

 

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publicado às 09:41

Porque este é um blogue de partilhas, sem um tema estanque que condicione quaisquer outros, e porque este tema em especial está 100% relacionado comigo. Hoje início uma "saga" de dois posts em que partilho connvosco uma parte de mim que, embora já tenha posto a descoberto à algum tempo, nunca revelei por completo. 

Encontrei, por acaso, no meio dos mil e um acontecimentos que me passam ao lado no feed de notícias do facebook, um texto cujo título é "Você não precisa ser magra – sobre quilos a mais e felicidade". Abri um novo separador com o texto e li-o. Decidi logo que tinha de o partilhar convosco, porque muito embora o texto não tenha sido escrito por mim, concordo em grande parte com ele. Assim, este é o primeiro post de abordagem a este tema, no segundo irei falar um pouco da minha experiência pessoal no que toca a "quilos a mais".

 

Eis o texto de que mencionei:

"Ela é linda. Tem olhos grandes e expressivos, sorriso brilhante e belos quadris. Interessante, tem papo agradável e outras mil e uma qualidades. Mas quando sobe na balança e o ponteiro passa do que a sociedade julga aceitável, tudo o que ela tem de bom cai no mar do esquecimento e o foco passa a ser os quilinhos que ela “precisa” perder.

Ela disse que ainda não fez aquela lindíssima tatuagem na costela porque antes precisa ficar magra. Afinal, absolutamente nada fica bonito ou sexy em gente gorda.

Ela mora junto e tem o sonho de se casar na igreja (é, naquela cerimônia besta em que você se veste de branco, diz sim e depois te jogam arroz), mas adiou o antigo sonho porque não quer entrar na igreja “como um colchão amarrado pelo meio”.

Ela precisa estar magra para viver um dia de fato feliz. Ela queria a lingerie nova que viu na vitrine, mas não – o marido não vai me achar bonita vestida naquilo. Aliás, eu sou gordinha, então não posso ser bonita.

E deixa eu contar a maior verdade pra vocês: ela é linda mesmo. Ela não percebe os olhares quando ela passa, porque está ocupada olhando-se no reflexo da porta de vidro e encontrando defeitos sem importância. Ela não se deu conta que aquela amiga magrelinha que vive contando vantagem é louca pelas coxas dela. Ela não se deu conta de quanta vida está perdendo pelo simples fato de não ser magra.

Aqueles vinte inofensivos quilinhos a separaram da sonhada tatuagem e da cerimônia de casamento. Do cupcake no último aniversário. Do churrasco em família, da praia de domingo, da sessão de fotos sensuais. Os dias dela estão ocupados com inibidores de apetite, aulas de aeróbica e duras sessões de autodepreciação em frente ao espelho.

Eu juro que não há (absolutamente) nenhum problema em querer estar bonita – chega de hipocrisia, todos nós queremos. Não há nada de errado em ir à academia ou em estar insatisfeita com o que quer que seja no seu corpo. Mas há algo de muito errado em condicionar a isso a sua felicidade. Em guardar a vida para “quando você for magra”. Você tem que ser feliz agora  – sorrindo abertamente enquanto resolve os seus problemas com a aparência, se é que eles existem.

Se cuida – você pode até ficar magra se achar que vai ser mais feliz assim. Mas não espera não: se ama agora."

Nathalí Macedo

 

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publicado às 13:35

Pensamento da semana

por aesperaparavoar, em 22.03.15

Não sei se já reparam, mas, todas as semanas há um pensamento diferente na coluna lateral do blogue. Um entre muitos que lá poderiam figurar, num espaço que pretende, acima de tudo, partilhar com quem me lê um pouco daquilo que me inspira e que acaba por ser a minha "filosofia de vida", embora na prática seja tudo muito mais exigente e seja precisa muita garra para executar o que as palavras transmitem. Assim acontece com o pensamento desta semana. O tempo... esse elemento fatal da vida, alguém com quem todos temos uma relação de amor-ódio, ou não fosse ele uma incógnita. 

Dizem que o tempo cura tudo. Discordo. Há feridas que ficam para sempre - entre elas existem as feridas que não passam e outras, as que o tempo atenua mas que mesmo assim deixam cicatrizes. Contudo, no final de tudo, é ele, o tempo que se encarrega de tudo. E enquanto isso resta-nos esperar, mas isso não significa, de forma nenhuma, ficar quieto à espera que as coisas aconteçam e que nos conformemos com elas, é esperar enquanto se luta para que as coisas sigam um rumo, aquele que nós gostaríamos que seguissem. E nisto, paciência, sabedoria, persistência, luta e muito foco são palavras de ordem!
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publicado às 16:01

Palavras do Mundo

por aesperaparavoar, em 20.03.15
Ao longo desta semana comemorou-se a Semana da Leitura que, este ano, teve como tema "Palavras do Mundo". Foi neste âmbito que tive oportunidade de apresentar a algumas turmas do 3º ciclo e Secundário o meu mais recente livro intitulado O Primeiro Voo, um romance protagonizado por uma jovem de 23 anos (Margarida) que decide partir para o estrangeiro. 
Foram várias as apresentações durante a semana. No CAIC (escola que frequento) tive oportunidade de apresentar o livro ao 8º e 9º anos na segunda-feira, enquanto que na quinta-feira foi a vez dos 10º e 11º anos conhecerem um pouco melhor a Margarida e a sua história. Além disto, na terça-feira estive durante toda a manhã na Escola Secundária José Falcão onde fui extremamente bem recebida por turmas de 8º, 10º e 11º anos. Uma manhã muito gratificante e divertida!
No decorrer de todas estas sessões pude partilhar com as diferentes turmas um bocadinho daquilo que tem sido o meu percurso na escrita e responder a algumas curiosidades relativas a todo o processo. Foi também possível revelar um pouco da personagem principal, uma mulher de coragem que nunca desiste de lutar, nem tão pouco de sonhar. Tal e qual borboleta a personagem arrisca um Primeiro Voo, e nisto, Espanha e França vão ser alvo de emocionantes palavras do Mundo. 
Acima de tudo, foi uma experiência muito engraçada e enriquecedora poder partilhar um pouco de mim e do meu livro. Espero que tenham gostado tanto quanto eu. 
 
  

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publicado às 20:34

In O Primeiro Voo

por aesperaparavoar, em 17.03.15

Sinto o tempo escapar-se entre as mãos,

Corro atrás dele, com relutância.

Sempre fui assim, sempre quis aproveitar tudo,

Acabei por não aproveitar algumas coisas na esperança de não deixar outras por usufruir.

Mas sempre corri. Sem medo. Atrás do tempo e de outras coisas mais.

É de mim, sou assim.

Descubro-me e nem sempre me agrado.

Sou uma pessoa complicada.

Mas o tempo não para, não espera que eu me resolva.

E à medida que eu me desvendo, ele continua a correr e às vezes toma vantagem.

Receio ter deixado coisas por dizer.

Se as devia ter dito? Talvez tenha acabado por ser melhor assim.

Há outras que eu sei que devia ter dito, mas não disse, por razões que até eu desconheço.

A propósito, às vezes faço as coisas e fico sem perceber porquê.

Chamam-lhe impulsos. Sou impulsiva.

Há alturas em que isso deita tudo a perder e depois obriga-me a parar para pensar.

Olho para o tempo que já passou e sinto-me cansada.

Mas não estou cansada de viver. Gosto disso.

Estou só a precisar de um momento de repouso.

Até as borboletas mais jovens precisam de um pouco de descanso.

E tem dias que o céu parece já nem fazer sentido.

O cansaço domina-nos de tal forma que só vemos um caminho,

O caminho mais fácil.

Por isso é que algumas borboletas morrem ao primeiro voo. Deixam-se cair.

E nesses momentos não há volta, acabou.

O que há depois de acabar? Isso eu não sei.

Mas se me perguntarem se o primeiro voo é difícil(?) É.

 

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publicado às 18:39


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Pensamento da semana


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