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Um dia todos nós somos obrigados a sair do casulo e a arriscar um primeiro voo.
Hoje partilho convosco algo que já estava há algum tempo planeado falar-vos, mas que só agora achei que fizesse sentido fazê-lo.
Ora então...
No passado dia 15 de Fevereiro recebi um e-mail de uma estudante italiana, a Annalisa, uma jovem de 23 anos, muito simpática, estudante no Instituto Superior de Tradução e Interpretação da Universidade Alma Mater Studiorum de Bolonha, em Itália. Assim que comecei a lê-lo um sorriso surgiu no meu rosto. A Annalisa estava a escrever-me porque se interessou pelos meus livros e pelo meu percurso de escrita e queria escrever a sua dissertação final do terceiro ano do curso sobre mim e sobre os meus livros. Fiquei particularmente feliz quando me disse que me admirava e achava que os meus trabalhos mereciam ser reconhecidos também no estrangeiro.
A Annalisa enviou-me algumas perguntas cujas respostas gostava de ter para poder avançar com a dissertação e disse-me desde logo que faria também uma apresentação e análise de alguns dos meus textos, tentando traduzi-los para italiano. Fiquei radiante! Apesar de perceber muito pouco de italiano é uma língua que gosto imenso e que, inclusivé, eu gostava de aprender. Saber que alguém num outro país e com tantos temas disponíveis sobre os quais poderia escrever decidiu fazê-lo sobre mim e o meu trabalho encheu-me o coração e deu-me ainda mais vontade de continuar.
A Annalisa fez um trabalho excelente, de tal modo que fiquei impressionada e, confesso, comovida. Além de ter "investigado" muito bem o meu percurso, reunindo muitas "peças", sobe encaixá-las muito bem e construir o puzzle através da sua própria visão, mas, sempre de uma forma muito interessante.
Quando recebi a tese eu tinha consciência que ia ser um desafio lê-la, porque está praticamente escrita toda em italiano, mas, foi muito engraçado perceber que, ao longo das mais de 30 páginas que a constituem, eu consegui perceber grande parte do que estava escrito, e fascinei-me ao ler alguns dos textos traduzidos para italiano.
Dei por mim a agradecer à Annalisa por tudo, e embora ela diga que quem tem de agradecer é ela, fico-lhe muito grata pelos sorrisos que me roubou com esta sua dissertação, por "me ter escolhido" e pelo belíssimo trabalho que realizou. Obrigada!
Ainda agora começava 2016 e eis que já estamos a caminhar para o fim de Março.
A Páscoa está a chegar, mas, ainda antes disso, a "minha" tão desejada (e adorada) Primavera. O tempo passa realmente a correr! Num dia pensamos as coisas e no outro estamos a vivê-las, ainda que não necessáriamente da forma como as planeámos. A vida surpreende-nos a cada momento e encarrega-se de nos trazer pessoas e sentimentos que nos colocam em caminhos diversos e nos obrigam a mudar, a desafiar-nos, a viver.
Há tantos projetos, tanta vontade, tantos caminhos. Pode até não correr tudo como planeado, mas no fim, tudo as coisas irão acabam como assim tinha de ser e vai tudo dar certo. Eu confio.
O passado já lá vai, o presente vive-se agora, o futuro logo se vê. Este é o lema.
Por vezes o passado torna-se tão presente nas nossas vidas que nos impede de seguir em frente, de aproveitar as oportunidades de cada dia e de ser felizes com a vida, connosco, com os outros. Na verdade, é importante conseguirmos arrumá-lo na nossa vida. Ele fez parte de nós, com tudo o que nos trouxe de bom e de mau, ensinou-nos muitas coisas, permitiu que nos cruzássemos com vários tipos de pessoas e que vivêssemos as mais variadas situações, mas já lá vai. Passou. Agora é preciso rematar todas as pontas que ficaram soltas, arrumar todas as memórias, ainda que sempre com a consciência de todas as lições de vida que retirámos e de tudo o que vale a pena recordar. Há um presente para ser vivido e é preciso saber encará-lo com um sorriso. Recomeçar não significa esquecer tudo o que já passou, até porque tal não é possível, mas significa adotar uma nova postura na vida. Caminhar na direção do futuro com confiança, com carisma, com felicidade. E isso é possível.
Quanto ao futuro, não vale a pena tentar adivinhá-lo nem desperdiçar o presente com receio do que virá. Um dia de cada vez. As coisas acabam por tomar o seu rumo, e no fim, tudo acaba como tem de acabar.
Positividade, vontade, determinação, força, atitude. A energia que nós exteriorizamos é aquela que atraímos!
Daquelas músicas... boas músicas!