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Um dia todos nós somos obrigados a sair do casulo e a arriscar um primeiro voo.
Por norma costumo dizer que não devemos desistir. Que devemos lutar sempre. Que não devemos deixar que o medo ou o facto de parecer impossível nos afaste dos nossos objetivos. Que quando se trata da nossa felicidade devemos esgotar todas as possibilidades primeiro. Sim, é verdade, de facto é isso que eu acho, mas, hoje falo-vos de desistir. Isto porque há alturas em que é preciso (saber) desistir. Eu aprendi isso e hoje percebo que é um sinal de maturidade saber quando não devemos insistir mais. Isto porque, por vezes, algo que era suposto trazer-nos felicidade acaba por nos trazer mais momentos infelizes do que o contrário. E porque acho que quando insistimos demasiado em algo e constantemente as coisas não correm como suposto, talvez isso queira dizer que não é o momento, ou que o nosso caminho realmente não passa por ali. E não é sinal nenhum de fraqueza desistir do que nos faz mal, do que perdeu o sentido, do que percebemos que não é o melhor para nós, mesmo que achássemos que sim. A vida também nos obriga a isso. E é (também) isso que nos ajuda a crescer, a fortalecer, a aprender, a tomar uma atitude e a arrumar as coisas dentro de nós. Ao longo do nosso percurso vamos cruzar-nos com muitas pessoas, umas ficam e uma parte dessas está lá para nós venha o que vier, independentemente dos erros, das escolhas mal feitas ou das atitudes menos felizes, elas estarão lá para nos apoiar, para nos ajudar a levantar, para que possamos aprender e partilhar com elas, outras vão (e, algumas dessas, ainda bem!), nem todas as pessoas vão gostar de nós, e vai acontecer também que algumas não gostem de nós da mesma forma como nós gostamos delas. Temos de aceitar. Se dói? Por vezes (maior parte das vezes) sim. Mas é mesmo assim, faz parte, e temos de nos habituar, porque na vida há coisas que nos vão custar a entender e outras que nunca entenderemos. Porque no final de tudo aprendemos sempre, quanto mais não seja, tornamo-nos mais fortes.