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Um dia todos nós somos obrigados a sair do casulo e a arriscar um primeiro voo.
Tenho dúvidas, sou curiosa e impulsiva, às vezes um pouco insegura.
Faço muitas perguntas, na tentativa de obter respostas que não tenho.
A vida é feita de encontros e desencontros, umas vezes encontro respostas,
outras desencontro-as, e por mais que as procure elas não chegam.
Diz-me tu, tu que normalmente sabes sempre tudo,
vale a pena lutar pela vida quando ela parece já não existir?
Vale a pena sofrer, chorar, batalhar, quando já deixámos de acreditar?
Diz-me, achas que ainda tenho motivos para continuar?
Acordo sem vontade e arrasto-me sem certeza dos meus passos.
Caminho sem direção, e não faço tensões de ver ninguém.
As pessoas parecem todas tão felizes, não me atrevo a chegar perto delas.
Talvez o meu medo seja contagiá-las com a minha tristeza,
e com a mágoa que se apoderou de mim.
Refugio-me, mas, a dor encontra-me sempre, para onde quer que eu vá.
Diz-me, chamas a isto viver?
Estou aqui por estar, sobrevivo.
Todos os dias são uma luta,
Sabes, começo a ficar cansada de lutar.
Acho que me perdi, desde esse dia nunca mais me encontrei.
Diz-me o que fazer,
Diz-me tu, porque eu já não sei.