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Um dia todos nós somos obrigados a sair do casulo e a arriscar um primeiro voo.
... E que jeito que dava às vezes poder voar. Poder ver o mundo de outras perspectivas. Poder fugir para recantos onde ninguém nos pudesse roubar do nosso espaço, do nosso tempo. E que bom que era poder ter um momento completamente a sós connosco mesmos, já que com a correria do nosso dia-a-dia por vezes isso acaba por não ser possível. Não sou louca, pelo menos não sou muito louca, mas falo muitas vezes sozinha, de propósito. E mais, agradeço que ninguém ouça os meus desabafos quando estou a falar sozinha. Quando falo comigo mesma tento ver as coisas de outra perspectiva, tento ir mais além e olhar no horizonte, perceber até que ponto os meus actos correspondem aquilo que eu realmente quero e preciso, até que ponto é que estou a agir bem, e por vezes tento explicar-me as coisas como se estivesse a vê-las de fora, expôr as várias perspectivas e tentar avaliar cada uma delas sem preconceitos. Às vezes isso não é fácil, não mesmo, mas é algo que me ajuda imenso. E embora por vezes eu preferisse voar e refugiar-me num sítio só meu, eu continuo aqui, a lutar por aquilo em que acredito.