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Um dia todos nós somos obrigados a sair do casulo e a arriscar um primeiro voo.
Ora, eis que chega uma nova rubrica ao blogue, desta vez dedicada à leitura. Não prometo que seja uma rubrica semanal, quinzenal, mensal, enfim... prometo apenas partilhar convosco algumas sugestões de leitura à semelhança do que já acontece na coluna lateral do blogue ("De momento estou a ler"), que acaba por ser já uma partilha das minhas leituras.
Como já confessei num post anterior, apesar de adorar ler, durante a época escolar nunca tenho o tempo necessário para o fazer, pelo menos não tão frequentemente como gosto, por isso aproveito sempre as pausas letivas para pôr as leituras em dia.
A semana passada comecei a ler Objetos Cortantes. Já tinha ouvido falar imenso da escritora americana Gillian Flynn (a autora deste livro), sobretudo pelo sucesso que foram os seus best-sellers mundiais Em Parte Incerta e Lugares Escuros, por isso quando o vi na FNAC não resisti a trazê-lo comigo. Li-o em 2 dias, e não, não foi apenas porque leio rápido. Este é um livro em que a leitura é fluída e há sempre algo que desperta a vontade do leitor de querer saber mais, principalmente no que diz respeito à protagonista, uma jornalista de Wind Gap cuja relação familiar é conturbada e que se dedica à cobertura de casos policiais para o pequeno jornal Daily Post, em Chicago (para onde entretanto se mudou). Ao longo deste romance Camille Preaker é obrigada a regressar à sua terra natal e é lá que vai descobrir um passado sombrio e um presente ainda mais avassalador. A primeira parte do livro é mais calma, mas depois, lidas as primeiras páginas, somos confrontados com revelações que nos fazem começar a mergulhar na história com ainda mais entusiasmo, traços psicológicos de Camille e da sua família como, por exemplo, a incrivél tendência da jovem jornalista para se automutilar.
Gostei da forma como Gillian geriu a história e encaminhou as personagens. Não é por acaso que Objetos Cortantes foi o vencedor do Dagger Award e foi nomeado para o Edgar Award de romance de estreia, escolha da BookSense e da seleção de Descobertas da cadeia de livrarias Barnes & Noble.
De forma geral, gostei bastante do livro e tenciono ler os seus outros dois livros (mencionados acima). Aliás, estou bastante curiosa para o fazer e para perceber realmente que tipo de escritora é Gillian Flynn, contudo, como gosto de ir variando os autores, não vou lê-los para já.
"Recém-chegada de um internamento breve num hospital psiquiátrico, Camille Preaker tem um trabalho difícil entre mãos. O jornal onde trabalha envia-a para a cidade onde foi criada com o intuito de fazer a cobertura de um caso de homicídio de duas raparigas.
Há anos que Camille mal fala com a mãe, um mulher neurótica e hipocondríaca, e quase nem conhece a meia-irmã, uma bela rapariga de treze anos que exerce um estranho fascínio sobre a cidade.
Agora, instalada no seu antigo quarto na mansão vitoriana da família, Camille dá por si a identificar-se com as vítimas. As suas pistas não a conduzem a lado algum e Camille vê-se obrigada a desvendar o quebra-cabeças psicológico do seu passado para chegar ao cerne da história. Acossada pelos seus próprios fantasmas, terá de confrontar o que lhe aconteceu anos antes se quiser sobreviver a este regresso a casa."