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Um dia todos nós somos obrigados a sair do casulo e a arriscar um primeiro voo.
Aqui as pessoas têm pressa, uma pressa compulsiva como se cada minuto fosse uma vida, e se calhar é. Têm pressa de chegar, não sei onde, mas têm pressa de chegar, talvez aos empregos, às escolas para deixarem os filhos, pressa de encontrar quem espera por elas, pressa de viver. Pergunto-me até que ponto essa pressa as impede de viver realmente ou as faz viver rápido demais o que efetivamente valerá a pena ser vivido.
Suspiro. Olho à minha volta, um gesto que repito imensas vezes. Perco-me muito em observações. Não está calor nem frio. A chuva não parece querer cair e o sol que de manhã se insinuou à minha janela, agora teima em se esconder. O ar não está tão leve como em tempos já o senti. Sinto um peso sobre os ombros, motivado pela preocupação de não arranjar um emprego. Para já procuro começar por um trabalho mais simples, que não exija uma experiência que não tenho. Ao mesmo tempo que penso no risco de cá estar, relembro-me como esta sensação de independência me apazigua.
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