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Um dia todos nós somos obrigados a sair do casulo e a arriscar um primeiro voo.
Como referi num dos posts anteriores, faz já alguns dias enviei os meus dois livros para a Ana Ribeiro do blogue Escreviver - [Portefólio de Escrita] que, para minha admiração, os leu num piscar de olhos. Depois de me ter dado a sua opinião sobe o primeiro livro que publiquei, partilho hoje convosco a sua crítica ao meu mais novo, o meu romance. Deixo-vos assim com a opinião da Ana, tal e qual como ela partilhou no seu blogue. Desde já, o meu muito obrigada!
"Mais um livro terminado. Terminei ontem este segundo livro da Ana Filipa Batista e que grande livro, posso começar por vos dizer. Que talento inigualável para a escrita (e volto a repetir o que já disse na resenha do primeiro livro da Ana, é que há bastante gente maldosa por aí. Os elogios que teço á Ana não são feitos pelo facto de comunicar frequentemente com ela; são sentidos. Acreditem que ela tem um talento gigante: mesmo!), estou oficialmente rendida (e vocês também vão ficar), vou querer ler muito mais livros dela e outras coisas. Espero que ela nunca pare de escrever.
“Aqui as pessoas têm pressa, uma pressa compulsiva como se cada minuto fosse uma vida, e se calhar é. Têm pressa de chegar, não sei onde, mas têm pressa de chegar, talvez aos empregos, às escolas para deixarem os filhos, pressa de encontrar quem espera por elas, pressa de viver”. (…)
Este livro da Ana superou largamente as minhas expectativas, nota-se uma evolução tão grande na escrita, tão madura (mais ainda que no primeiro sem de todo perder a simplicidade, que penso que caracterizará a maneira de ser e estar da autora), nada que eu não esperasse. Essa evolução na escrita tornou a história mais tocante, mais emocionante, mais envolvente, mais intimista capaz de nos prender até ao fim. O tipo de livros que adoro – ontem comecei a leitura ás 20h e acabei ás 23h -, é fácil gostar e deixarmo-nos levar. A escrita da Ana conquista e prende de tão rica que é, tão forte, tão madura e trabalhada, facilmente nos deixamos conquistar e nos esquecemos da idade da Ana, parece que escreve há anos.
Daí que este livro me tenha tocado imenso, é bastante intenso e a história está bastante bem conseguida, estruturada e organizada, houve capítulos (para não dizer todos) em que estava a viver o que estava a ler e isso é tão bom, vieram-me as lágrimas aos olhos. E eu adoro quando os livros me fazem sentir essa intensidade. Identifiquei-me com a Margarida, revivi momentos da minha vida com ela, nomeadamente os tempos de infância passados com a minha falecida avó tão parecidos aos da Margarida, revivi essa perda na perda que a Margarida vai viver na história.
“Acho que a verdadeira vida está longe daquilo que temos, acredito que vivemos muito mais quando nos afastamos do que possuímos e nos damos à vida, aos outros”.
Acredito que muitos jovens se irão rever na Margarida, nos seus sonhos, nas suas dificuldades, nos seus obstáculos: na sua luta, nas suas conquistas. A maneira de pensar e de agir. Talvez possa reflectir a situação precária porque os jovens passam hoje em dia.
Um leitura incrível que recomendo.
Aqui fica mais um parágrafo de que gostei:
“Agora sei que toda a gente se cruza na nossa vida por um motivo: uns dao-nos a força que precisamos para vencer os nossos obstáculos, outros obrigam – nos a provar a força que temos em nós. Todas essas pessoas são importantes, mais ainda quando, no final, temos a possibilidade de escollher quais delas queremos que fiquem para sempre ao nosso lado”."
Ana Ribeiro
Nota: O romance O PRIMEIRO VOO encontra-se disponível para venda em várias livrarias do país, bem como online, nomeadamente nas livrarias FNAC, Bertrand e WOOK. Caso o livro não esteja disponível de momento é possível encomendar.
Podem também adquirir exemplares comigo, e nesse caso o livro seguirá por correio, já autografado.