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Um dia todos nós somos obrigados a sair do casulo e a arriscar um primeiro voo.
Sorrio. Não apenas com os lábios mas também com o brilho que transparece no meu olhar. Não estou feliz nem triste. Agora que o refiro, relembro como são aborrecidos estes dias em que nem estamos felizes nem tristes, mas sim num estado intermédio que acaba por ser um pouco confuso. No entanto, sorrio. Faço questão de sorrir com frequência, de expôr este que é, muito provavelmente, o meu maior trunfo. Sorrio por saber que todos os dias são uma nova página deste livro em constante atualização. Por saber que cada dia é uma dádiva, uma oportunidade de fazer mais e melhor, de lutar, de arriscar, de concretizar sonhos e de ser feliz.
Questiono-me frequentemente se estarei a viver a vida com a "intensidade certa". Depressa percebo que não existe uma "intensidade certa", mas sim diferentes formas de encarar o dia-a-dia e a vida no seu todo. Ultimamente tento levá-la maioritariamente a sorrir e descobrir o melhor das coisas, dos momentos, das pessoas, e percebi que, salvo raras excepções, há sempre uma parte boa, embora muitas vezes a ignoremos por ser a má a que mais se evidencia.
Nos últimos tempos tenho também aprendido a estar mais tranquila. A viver as coisas com a devida emoção, a sentir as coisas como é suposto sentir ou simplesmente à minha maneira, mas, acima de tudo, a estar de bem com a vida e comigo mesma. A fazer as pazes com as minhas fraquezas e a fazer delas fortalezas. E aos poucos, a bagagem que me acompanha ganha outra dimensão, torna-se sobretudo uma aprendizagem e uma experiência, e as preocupações transformam-se numa vontade ainda maior de viver e de sonhar. E as lágrimas dão lugar a sorrisos, uns mais seguros do que outros, mas sempre com o desejo de continuar a caminhar, sempre em frente...