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Um dia todos nós somos obrigados a sair do casulo e a arriscar um primeiro voo.
São muitas as voltas que a vida dá. Dizem que o tempo faz milagres, que cura tudo, mas, custa-me a acreditar que assim seja. O tempo não cura, quanto muito, o tempo ajuda a que as cicatrizes comecem a ser atenuadas e que as encaremos com outro olhar. Sim, porque a forma como olhamos para as coisas, como encaramos a nossa vida e aquilo que faz parte dela tem tudo a ver com a maneira como vivemos cada dia.
A vida dá voltas e cambalhotas, umas vezes também segue a direito, mas, nunca por muito tempo, porque depressa se encontram curvas e sentidos opostos que nos obrigam a repensar o caminho e que nos estimulam a ultrapassar obstáculos e a superar aquilo que julgávamos nunca ser capazes de superar.
Aprendi que o medo nos afasta dos nossos objetivos. Nos atira para longe da estrada e nos prende na certeza de que não vamos conseguir. Por isso, aprendi também a não lhe dar ouvidos, a não deixar que ele fale mais alto do que o meu desejo de continuar a caminhar, de concretizar, de tornar possível o que parecia impossível. E acordo todos os dias com a convicção de que a vida dá "voltas e voltas" e que tantas voltas nem sempre me permitem fazer tudo do modo como eu deliniei, mas que, com força, fé, foco, determinação e muita persistência, o impossível torna-se possível e o que parecia ser apenas um sonho torna-se presente, numa surpreendente lição de que, não basta sonhar, é preciso acreditar e persistir.